Somos Todos Imigrantes

No sábado, dia 18 de novembro, fomos ao Museu da Imigração do Estado de São Paulo, na 28 Festa do Imigrante. Chegamos no horário de abertura dos portões, às 10. A Festa começou na sexta-feira e foi até o feriado, Dia da Consciência Negra. No total foram apresentadas atrações de música, dança, e culinária de 54 países. Não foi uma Festa, foi um Festival de afetos, sensibilidades e integração. Estar no Museu da Imigração é especial: foram tantos vai e vêm de pessoas que quiseram estar no país, que precisaram vir para cá, que não tiveram outra opção, que escolheram o Brasil dentre tantas possibilidades. Uma experiência única e que todo cidadão deveria experienciar. De tudo o que eu vi , li, experimentei, provei, o que mais me tocou foi ter conhecido #mahmooni , uma iraniana bela e forte, que canta lindamente e traz no olhar uma mistura de felicidade e saudades de seu país. Fui até o camarim levar meu abraço e minha solidariedade. Nós mulheres nos reconhecemos principalmente em nossas dores, medos e aflições. Também, de todos os espaços do Museu, a exposição Permanente é singular pois nós traz de volta as lembranças de nossos antepassados. No jardim do Museu, o totem que diz " A bondade desarma", nos remete para o conflito atual entre Israel e Palestina. Que essas palavras ecoem pra bem longe e caso não cumpram seu destino ao menos tranquilize os corações daqueles que nas guerras perdem seu bem mais precioso, sua família. O meu coração acalmou ao participar dessa Festa incrível e acolhedora, que não perco mais.

Ano que vem estarei no #museudaimigracao novamente, e de novo e de novo. E vou convidar minha irmã Ivone, que me acompanhou dessa vez, para compartilharmos bons momentos e assim cultivarmos nossa irmandade.